terça-feira, 26 de maio de 2009

O Papelão

Que orgulho de ser assim.
Um simples papelão.
Me torno valioso,
As vezes me jogam no chão.
Mas nem sempre sou o que sou.
Ja me fizeram de nave, ja fiz parte de show.
Hoje estou aqui, solitário aos seus olhos.
Sem ninguem pra imaginar.
Mas fico feliz.
A criança que em mim brincava.
Hoje cresceu criou até asas.
Ela voa sem parar.
Não pensa em aterrisar.
Ainda sou feliz.
Estou num canto.
Mas não sou jornal.
Coitado, aquele é esquecido.
Muitas vezes cortado.
é jogado no lixo, muitas vezes rebocado.
Pobrezinho.
Não é nada
Apenas um jornal.

[Alex RoOts]